sábado, 15 de outubro de 2011


Pensando nos séculos passados, podemos perceber como a família e sua participação na vida das crianças era e sempre será importante. No entanto, entre os séculos 17 e 18, as coisas não eram bem assim. Ter filhos não fazia parte dos desejos dos casais, principalmente das mulheres, uma vez que ter uma criança em casa significava perder a liberdade, não poder frequentar a corte, os bailes, a sociedade, ainda mais se o rebento fosse uma menina. Então, contratavam-se amas de leite que, em sua maioria, moravam afastadas dos palácios e da corte, tendo assim que retirar os pequenos do contato familiar e encaminhá-los às choupanas onde suas "cuidadoras" viviam, em meio à floresta, animais selvagens e no mais restrito conforto. Pelo caminho, indo de carroças, muitas crianças acabavam caindo, sem que suas amas de leite percebessem, enquanto outras eram devoradas por animais que invadiam as moradias pobres. Essa situação só foi moficada quando o Estado se deu conta de que os exércitos estavam em decadência por falta de combatentes e, desta forma, resolveu fazer campanhas para que as famílias mantivessem seus filhos, homens, junto de si, podendo mais tarde convocá-los para partirem para a frente de batalha, defendo o País. Criou-se, então, o mito do amor materno (BADINTER, 1980) como se ele fosse um sentimento natural e indissociável ao ser humano.
Hoje, refletindo sobre a história, podemos notar que o amor materno e familiar é exarcebado, indiscutível e até mesmo, inerente. Porém, muitas vezes, as "amas de leite" parece terem sido trocadas por babás, avós, tias, escolas para pequenos, sem que pais e mães se deem conta de que continuam sendo a parte mais importante na construção do caráter, da personalidade e do futuro de seus filhos, ora superprotegendo-os, ora sendo displicentes em sua formação.
Delegar a função de criar, cuidar, educar uma criança única e exlusivamente a outros, que não a si mesmos, faz com que esta criança, futuramente, passe a desacreditar em seus responsáveis, buscando nos mesmos outros suas crenças. Será que é isto que queremos para nossos filhos? Não será mais fácil "perder" algumas horas no dia e ouvi-los, ganhando mais tarde sua total confiança?
Refletir deve ser a palavra-chave na criação dos filhos. Refletir sobre eles, com eles e para eles.

Valéria Koury
2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bebês também precisam de rotina

Como estou coordenando o Be Baby Berçário e Educação Infantil, em Jundiaí, desde 1 de setembro de 2011, estou percebendo mais de perto a necessidade dos bebês em ter uma rotina, assim como as crianças maiores. Então, planejar também faz parte desta faixa etária, apesar do planejamneto ser muito mais em termos de cuidados do que em educação. Porém, baseando-se nos horários de sono, alimentação, banho e troca, é preciso que se pense em momentos de massagens e relaxamentos do tipo Shantala, estimulações motoras e físicas, passeios ao sol, contato com outras crianças, momentos de T.V., músicas, teatros com fantoches e, principalmente, conversa, conversa, conversa durante todo o tempo em que estamos com eles, já que educar é parte dessa rotina e, desta forma, os bebês vão aprendendo gradulamente os conhecimentos que a humanidade precisa transmitir a eles.


Valéria Koury
2011