terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A SEGURANÇA DAS CRIANÇAS E SEUS ESPAÇOS

Lendo textos sobre a segurança das crianças pequenas e os bebês, tanto em casa como nas escolas ou berçários e creches, fico pensando por que as escolas de educação infantil da prefeitura de São Paulo são contruídas em dois andares, com escadas ao invés de rampas e sem elevadores para as crianças de inclusão, cadeirantes, deficientes visuais, etc.. Trabalhei em uma assim por doze anos, lá tivemos muitos alunos de 3 anos e meio a 5 anos de com alguma deficiência. Sem apoio, as educadoras precisavam carregar as crianças ao andar superior, onde ficam todas as salas de aula. Com o passar do tempo, essas crianças obviamente cresciam e ficava cada vez mais difícil levá-las escada acima. Outras pessoas, da escola, procuravam ajudar, mas a dificuldade não some por isto.
Além destas situações, eu mesma tropecei em um aluno logo no priemiro ano em que comecei a lecionar lá, desci cinco degraus batendo o nariz no chão, quase quebrei os dentes e fiquei 15 dias de licença por acidente de trabalho, ou seja, a construção da escola acabou prejudicando não só a mim, fisicamente, como também à escola, por ter precisado colocar outra professora em meu lugar.
Mas, não é só em escolas públicas que a falta de bom senso acontece. Berçários também usam casas antigas, reformam tudo e esquecem da dificudade que é lever e trazer bebês para cima e para baixo, mais sacolas de pertences, cadeirinhas, carrinhos, etc. Sei disso pois também trabalhei em um assim. Mesmo que as profissionais tomem todo o cuidado, sempre estão sujeitas a acidentes.
Então, gestores, reflitam mais sobre isso, procurem soluções mais adequadas para seus espaços. Sempre há algo melhor a se fazer. Todos somos capazes de modificar aquilo que incomoda.....faça a sua parte! Boa sorte!




                                                       
Foto: Good night :)

★• Blue •★

sábado, 15 de dezembro de 2012

Natal

Natal, tempo paz, de reflexão, alegria, confraternização. Momento de expectativa, principalmente para os pequenos, que aguardam com ansiedade a chegada do Papai Noel, com presentes desejados por longo tempo.
O bom velhinho representa muito mais do que lindos pacotes coloridos. É o mais puro significado de olhinhos vidrados, cheios de esperança, de coraçõezinhos saltando do peito.
Muitas vezes, por outro lado, também provoca medo, susto, choro, recusas. O físico gerlamente grande, vestido de vermelho da cabeça aos pés, com uma enorme barba branca e um saco ao lado, que remete à falas como: "seja bonzinho ou o homem do saco vem te pegar", transtorna as crianças, transformando sentimentos de bondade em completo desespero.
Então, vamos refletir sobre nossas atitudes durante todo o ano, sobre os pequenos,  evitando que situações como essas tornem-se em constrangimento, quando frente ao bom velhinho meninos e meninas entrem em verdadeiro choro desenfreado, enquanto pais e mães insistem na aproximação com essa figura tão carismática, carinhosa e que traduz o amor da humanidade.
Você, adulto, que leva seus filhos para ver o Papai Noel, aproveite e chore também, de emoção, deixe a criança que ficou guardada no fundo de sua alma elevar-se com a magia do Natal....quando as lágrimas rolarem, sinta seu peito arfar, abrace quem estiver ao seu lado, e transborde o amor que existe em você.
Assim, você se sentirá mais leve e conseguirá vislumbrar as luzes do novo ano que vem por aí.
FELIZ NATAL E 2013 CHEIO DE BOAS REALIZAÇÕES.




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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Brincar, brincar....

          Brincar, brincar e brincar, este deve ser o verbo usado constantemente para definir o que as crianças precisam, além, claro, da satisfação das necessidades básicas.
Se não fosse assim, criança nasceria adulto, brinquedo seria bibelô, aprendizagem seria condicionamento.
Então, neste sentido, vamos pensar: quando a criança ganha um brinquedo e a família diz - "vamos colocá-lo na estante para não estragar" - está transformando a criança em adulto e o brinquedo em bibelô, de porcelana branca, inquebrável!
Como os pequenos aprendem depende da forma como são estimulados para isso. Brincar não tem idade e por isso mesmo não vale dizer que não sabe fazê-lo com as crianças porque é adulto ou já passou da idade.
Sentar no chão com elas (apesar da artrite), jogar bola, pular corda, jogar amarelinha, se divertir com um pega-pega ou esconde-esconde garante boas risadas e desenvolve várias habilidades, conceitos e conhecimentos.
Mas, mesmo usando estas brincadeiras tradicionais, invente, crie, reinvente. Lembre-se das coisas que você fazia quando era apenas um(a) garotinho(a), como construir brinquedos com chuchu, batata, latas, garrafas, papelão, lã, linha....Ah! por falar nisso, que tal fazer pipa e soltar com seus anjinhos.
Não limite a imaginação com coisas prontas, oferecendo um conhecimento supérfluo, através de apostilas que não estão relacionadas com a vida real. Ofereça livros coloridos, que possam ser explorados, experimentados tanto no tato, como no paladar (criança adora por tudo na boca) e que sejam visualmente chamativos. Empreste-os para as crianças levarem para casa e assim leiam com os pais e permita que elas contem na roda da leitura o que mais gostaram da história, lembrando dos fatos apresentados, deixando que se divirtam com as figuras e os textos.
Ufa! Só de pensar em tanto brincar já preciso descansar um pouquinho e recarregar as energias para as próximas brincadeiras. 
Abraços a todos os que ainda guardam a sua criança em sua alma

                                                                        

EM BUSCA DA FELICIDADE

                 Se você está triste porque perdeu algo que julgava importante em sua vida, como a consideração de alguém, busque alternativas para sublimar este sentimento. Não tente substituir uma coisa por outra, pois o problema ficará guardado em algum cantinho do seu id e a qualquer momento poderá voltar à tona. O que eu fiz? Me inscrevi em um curso de desenho artístico, aqui em Jundiaí, na escola Oficina de Artes Store e estou sentindo-me muito bem com isso, além de ir ao clube tomar meu sol, que ninguém é de ferro, certo? Faça algo por você, curta seu momento e ....divirta-se! VALÉRIA KOURY


                                                                       
                                                                             
                                                                               Foto: PESSOAL, vem aí o 2º BAZAR de nossos Alunos, tudo feito aqui na Escola de Artes Store.
Fique por dentro !!!!
Será dia 7 e 8 de dezembro a partir das 10h




                                                                         

domingo, 17 de junho de 2012

Como dar continuidade ao projeto-horta

         Se você já está desenvolvendo este projeto e utilizou as dicas que deixei anteriormente, veja agora mais sobre o assunto, considerando também o plantio de flores.
1)Faça com as crianças uma floreira de garrafa PET, cortando uma parte dela, longitudinalmente, deixando sem cortar perto do bico e do bojo.
2)Enfeite a garrafa com E.V.A. criando, por exemplo, uma lagarta, uma joaninha ou algo semelhante.
3)Coloque terra na parte interna e plante pequenas flores bem coloridas, com as crianças.
4)Regue com as criañças o quanto for necessário, diariamente ou nos dias indicados.
5)Converse com as crianças na roda sobre tudo o que está sendo feito, faça cartazes com o texto coletivo, criado com as falas delas.
6)Deixe as crianças desenharem livremente sobre as atividades desenvolvidas.
7)Exponha os cartazes, os desenhos para a classe e/ou para a escola, socializando-os.





                                                    

sexta-feira, 8 de junho de 2012

EQUIPE E PERSONALIDADES - PARTE II

Analisar os diferentes tipos de personalidades levaria tempo e o tomaria do(a) leitor(a), frente a quantos existem, mas podemos falar aqui em ética de personalidade ou personalidade ética, melhor dizendo, tão bem explicitada pelo filósofo e educador Mario Sergio Cortella, em seminário sobre Família, Escola e Cidadania.
Ser ético(a) é praticar atitudes que respeitem aquilo que a humanidade criou de bom para as sociedades e que não agridem o que cada indivíduo acredita, pois sendo único(a) em sua complexidade, não poderá sofrer os desvarios alheios. 
Personalidade ética traduz veracidade, fidelidade, fieldade, firmeza de caráter, respeito às ideias de outros, integridade quanto às suas próprias ideias, busca da felicidade alheia em consonância com a sua, sinceridade e, acima de tudo, sabedoria para observar, analisar, agir e interagir com todos da equipe profissional e com as pessoas que fazem parte da vida pessoal e, acima de tudo, praticarmos  PACIÊNCIA (CORTELLA, sd).
Quando se diz "fulano(a) tem personalidade forte/fraca" provavelmente estamos fazendo julgamento de atitudes à parir de nossa visão pessoal e, talvez, daquilo que vemos em nós. Se sou decidido(a), declaro minhas opiniões, mas quero que as aceitem incondicionalmente, decerto serei considerado autoritário(a), intransigente e de "personalidade forte"; do contrário, se balanço de acordo com o pensamento alheio, se fico sempre em dúvida quanto ao que desejo e acato incondicionalmente o que outros determinam poderei ser considerado(a) como de "personalidade fraca".
Ter uma personalidade ética, então, significa ter ponderação, ainda que seja difícil de consegui-la, compreender o que é dito ou não (ou que fica nas entrelinhas), saber que nem tudo pode ser dito ou adquirido e que, se não temos paciência vivemos apenas o presente imediato e não sentimos o que vivemos,  esquecendo o passado e não sonhando com o futuro.
A força da natureza na delicadeza da flor

terça-feira, 8 de maio de 2012

EQUIPE E PERSONALIDADES - PARTE I



EQUIPE E PERSONALIDADES - PARTE I


              Ser e ter uma equipe requer alguns requisitos indispensáveis para o bom andamento de suas atividades e seus membros devem saber aonde chegar com suas metas e objetivos, para que todos possam  crescer, não só enquanto equipe, mas também individualmente, através do respeito e incentivo de cada      um      dos seus  componentes. 
                  Uma equipe é formada de indivíduos, cada qual com a sua personalidade e visão do mundo, sendo necessário que seus gestores conheçam a forma de pensar e agir de cada um separadamente e no coletivo também, pois uma ação individual pode refletir consubstancialmente nas ações coletivas, uma vez que normalmente as pessoas reagem não só pela razão, mas principalmente pela emoção.



                                                          


Os pinguins formam uma equipe exemplar. O pai cuida dos ovos, enquanto a mãe busca alimentos e, quando um filhote se perde outras mães cuidam dele.

                São exatamente essas características, presentes em todos os membros das equipes, que podem levar ao crescimento ou ao fracasso.

sábado, 7 de abril de 2012

Uma Páscoa Diferente

Este ano, no Be Baby, berçário em que sou Coordenadora Pedagógica, nossas atividades de Páscoa foram bem diferentes: além de continuarmos a brincar com o imaginário das crianças cuidando de um coelho fictício, dando-lhe água e comida, dentro de uma casinha feita com caixa de papelão, fizemos brigadeiros na quarta-feira e levamos para a escola, na quinta-feira, véspera do feriado da sexta-feira da Paixão, um coelho de verdade. Ele ficou dentro da casa da piscina de bolinhas, que temos em nosso parque, que era um lugar grande para ele ficar. As crianças puderam cuidar dele durante o dia e tanto os bebês participaram das atividades como as crianças maiores. À tarde, as crianças colheram a cenoura que haviam plantado há algum tempo em nossa horta, e viram o coelho comê-la, propiciando vários aprendizados, como: "colhemos aquilo que plantamos, hábitos do coelho, maciez de seu pelo, tamanho do animal", tudo de forma divertida, dentro da prática da experiência vivida pelas crianças, com criatividade, estímulo e alegria. Desta forma, não massificamos as crianças com textos alienados, mas fizemos com que elas criassem seu próprio texto interno, construindo seu pensamento com a aprendizagem lúdica.

Valéria Koury
2012


domingo, 11 de março de 2012

Páscoa


                                                                  

        A Páscoa vem aí. Ovos de chocolate, coelhos mas, será que alguém lembra de contar para as crianças o por que de tudo isto? Vamos inovar:
primeiro passo - roda da conversa. Questione as crianças se elas sabem o que é a Páscoa, por que se comemora esta data, qual o seu significado. Fale em termos bem simples - aula de catequese deve ser dada pela comunidade religiosa (a escola no Brasil é laica).
segundo passo: faça uma pesquisa com os pais sobre o que eles pensam sobre a data e como a comemoram. Leia na roda da conversa com as crianças as respostas dadas.
terceiro passo: roda da conversa - por que o coelho e o ovo são os símbolos da Páscoa e por que o ovo é de chocolate. Você, educador, precisa conhecer estes símbolos para levar o conhecimento às crianças sobre alimentação, habitat, pêlo, nascimento, caracterísitcas so coelho, etc.
quarto passo: desenhe, registre, recorte e cole, crie painéis, leia histórias infantis, cante, com as crianças, tudo sobre a Páscoa.
Enquanto faz tudo isto, construa com as crianças a casa do coelho, com uma caixa de papelão, deixando-as pintarem, a seu modo, abra uma portinha para o coelho entrar e sair dela e todos os dias coloque, junto com os pequenos, um pedaço de cenoura ou alface, um potinho com água, para estimular a imaginação delas de que o coelho realmente come e bebe o que é deixado (lembre-se de tirar todos os dias as coisas sem as crianças virem e colocar novamente com elas) . Faça uma pesquisa com as crianças sobre o animal. Você pode fazer um coelho de E.V.A. e deixar junto à casa, em um local acessível à visualização pelas crianças, ou usar um coelho de pelúcia.
quinto passo: próximo à Pascoa, consiga um coelho verdadeiro e leve à sua escola para as crianças verem, acariciarem, curtirem.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Projeto horta na Educação Infantil

Se você pretende criar uma horta em sua escola precisa pensar primeiro em como irá realizar este projeto, para torná-lo acessível, prático e interessante para seus pequenos alunos. Não basta comprar mudas, abrir um buraquinho na terra e colocar as mudinhas lá. Pesquise com as crianças o que irão precisar, quais as hortaliças ou plantas ou flores irão plantar, como fazê-lo, para que elas servem, quais os passos que farão em seguida ao plantio, quanto tempo isto levará....Seguem algumas dicas para você criar seu projeto-horta com seus pequenos e colocá-lo em prática. Mas, lembre-se: aqui são apenas algumas dicas, cabe a você, educador (a), ampliar este repertório e adequá-lo à sua turma.
OBJETIVOS: criar uma horta e cuidar dela; observar o crescimento das plantas e compará-lo ao crescimento humano; valorizar o ambiente, os seus recursos e o trabalho agrícola; apreciar os alimentos; participar de um trabalho em grupo, desenvolvendo a socialização.
GRUPOS: de 1 a 5 anos
TEMPO: o necessário para plantar, observar o crescimento, atuar sobre ele, colher o que se plantou, de acordo com o que foi plantado e utilizar a colheita na alimentação.
MATERIAL: pás, regadores, sementes, plásticos, fitas adesivas, palitos.
LOCAL: jardim ou pequeno terreno ou jardineiras com terra adubada, sol.
PRÁTICA CONSTANTE: observar, regar, registrar as observações, rodas de conversa, pesquisa junto aos pais sobre as preferências alimentares de seus filhos, avaliação sobre as etapas das atividades e da participação das crianças.
Espero ter ajudado de alguma forma a você, educador(a), a pensar no assunto e colocar as mãos na massa, ou na terra!!!!!!!


Abraços,
VALÉRIA KOURY
2012