terça-feira, 5 de agosto de 2014

MATROGINÁSTICA

O conceito de matroginástica foi popularizado nos anos 1970, pelo professor alemão Helmut Shulz. Este conceito valoriza a  atividade física entre pais e filhos em nome da saúde física e psicológica das crianças. Apesar do termo "matro" vir do Latim e significar mãe, muitas vezes, a matroginástica é realizada em conjunto com toda a família, o que possibilita maior integração entre seus membros.
A matroginástica tem alguns objetivos bem definidos, uma vez que é uma atividade física que pretende reunir a família e despertá-la para o não sedentarismo. São eles:
OBJETIVOS:  - Favorecer a adaptação da criança ao meio ambiente com a ajuda da mãe e/ou outros membros da família nos exercícios, contribuindo para o seu desenvolvimento psicomotor.
                     - Possibilitar maior relacionamento entre os membros da família por meio do movimento físico.
                    - Dar oportunidade aos membros da família de se tornarem elementos ativos através de exercícios, possibilitados pela escola.
LOCAIS
A atividade pode ser praticada em qualquer local, tanto externo quanto interno e qualquer tipo de equipamento pode se transformar em material pedagógico.
MATERIAL
Não é necessário nenhum material específico, a não ser uma aparelhagem de som, que pode ser a mais simples possível, dependendo apenas do local. Assim, se for aplicada a matroginástica em um ginásio, a aparelhagem de som deve ser mais potente do que uma usada para os exercícios realizados em uma sala menor. 
No entanto, caso se queira, pode-se utilizar bambolês, bolas, fitas e outros para que a criança interaja com seu par, seja a mãe, o pai, um(a) avô(ó), etc.
REGULARIDADE
A matroginástica pode ser feita tantas vezes quantas forem necessárias, porém em minha opinião, deve ser realizada ao menos uma vez ao mês, para que surta um efeito mais promissor.
Bem, espero ter dado uma boa dica à todos aqueles que sempre veem a família como parceira primordial da escola, fazendo com que ela se sinta tão importante quanto a própria escola o é. 

sábado, 5 de julho de 2014

AMPLIANDO O PROJETO HORTA - para bebês de 4 meses à 1 ano e meio

Trabalhar com um projeto horta com bebês de 4 meses à 1 ano e meio parece complicado, mas ao contrário, eles têm muito interesse em mexer com terra e ver as sementes plantadas se desenvolverem, pois passam a relacionar o crescimento delas com o seu próprio. O que é preciso para realizar um projeto como este? Nada demais: basta boa vontade de quem lida com os bebês, desapego à limpeza, um pouco de conhecimento sobre aquilo que se vai plantar e mãos a obra.
Vamos lá: corte uma garrafa pet grande, retirando um retângulo, que será por onde você colocará a terra, a semente e a água.
Ponha as crianças em roda, mesmo os bebês menores, que ainda ficam no bebê conforto. Eles prestam bastante atenção à este tipo de atividade.                                                                                                    
Se preferir, forre o local onde vai trabalhar com jornal, para diminuir a sujeira.
Explique para as crianças cada passo dado, pois assim fica mais fácil elas entenderem o que está acontecendo.
Relacione a necessidade da planta quanto à terra, água e sol, com as nossas necessidades básicas para o crescimento.
Deixe que elas mexam na terra, sentindo a temperatura, a consistência, percebendo a cor e peça que ponham um pouco de terra na garrafa. Depois, mostre as sementes que serão usadas. Fale sobre elas, como crescerão e para que servem.
Dê um regador com água para que elas mesmas molhem a plantação.
Se for o caso, mostre todos os dias a garrafa, para que as crianças acompanhem o crescimento do que foi plantado e deixe sempre que elas cuidem da planta.
Uma sugestão excelente é usar feijões, pois eles crescem rápido e na terra, ficam bem grandes e é possível visualizar as sementes, os brotos, as folhas. NÃO USE ALGODÃO PARA PLANTAR OS FEIJÕES. Apesar de ser uma estratégia usada desde que eu era criança (e estou com 54 anos), ela é totalmente fora da realidade, além de apodrecer rapidamente e ficar um cheiro horrível.
Se é para construir conhecimento, que se faça de maneira verdadeira, usando aquilo que é real para a criança, ou você correrá o risco de um dia ela lembrar de você como a professora que fez uma coisa sem sentido, plantando em algodão - que horror!
Outra sugestão é usar alpiste, que também cresce rápido e fica com aparência bem legal, pricipalmente se usar potes de"Yakult"ou de "Danones" vai parecer cabelo de boneco. Experimente.
Bem, estas foram as sugestões de hoje, aproveitem e se der, comente no blog como foi a sua experiência, ok.
Um forte abraço.Valéria Koury
2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

EXPERIÊNCIA COM TINTA
AS CRIANÇAS ESTÃO DESENVOLVENDO SEUS SENTIDOS    E,   EXPERIMENTAR, EXPLORAR, DESCOBRIR AS SENSAÇÕES ATRAVÉS DO USO DA TINTA, AMPLIA SUAS EXPERIÊNCIAS PELO TATO, TEXTURA, TEMPERATURA PODENDO, ASSIM, SE PERMITIR PÔR EM PRÁTICA SUAS POSSIBILIDADES DE ESCOLHA, DE TOMAR DECISÕES, DE AFIRMAR-SE, ADQUIRINDO CONFIANÇA, COMPETÊNCIA E PRAZER.



A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS TEMPOS

A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS TEMPOS

Os primeiros anos de vida são muito importantes para o desenvolvimento de toda a personalidade da criança e para a aquisição de habilidades motoras, perceptivas, cognitivas, linguísticas e sociais.
O recém-nascido já nasce cercado de cores, cheiros, sons, imagens, texturas e formas. Esta quantidade exagerada de estímulos do mundo moderno tornam as crianças mais falantes, ativas, espertas, atentas e inteligentes.
Experiências positivas no campo emocional, físico e intelectual são tão importantes para a construção cerebral da criança quanto a alimentação e a higiene são para o corpo.
As experiências iniciais da vida dos bebês com o mundo externo, percebidas pela audição, visão, paladar, tato e olfato, determinam a estruturação do cérebro, capacitando-a a criar e modificar suas conexões e a moldar a forma como aprenderão, pensarão e se comportarão para o resto de suas vidas.
As crianças deslocam-se, manipulam, experimentam, brincam sozinhas e com os outros, comunicam-se e constróem o próprio conhecimento.
Neste sentido, nós, adultos, pais, responsáveis, educadores, precisamos oferecer melhor qualidade de experiências possíveis para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados às nossas crianças.
1.       Não basta amarmos as crianças. O amor precisa ser traduzido em gestos; o toque, a palavra, o sorriso, o canto estimulam a criança a se conectar e a delinear o seu aprendizado e comportamentos posteriores.
2.       As crianças pequenas não conseguem usar a palavra para expressar suas necessidades e sentimentos; usam sons, expressões faciais e olhares para mostrarem o que desejam. O adulto precisa tentar “ler” essas demonstrações para satisfazê-las. Sorrir para a criança, confortá-la, saciar sua fomer e sede fará com que ela sinta-se segura e aumente sua sensibilidade e solidariedade com o mundo que a cerca.
3.       Conversar, cantar e ler para as crianças pequenas fará com que, mesmo sem entender o significado das palavras, adquira a capacidade da linguagem. Assim, repetir a mesma história várias vezes pode ser chato para o adulto, mas para a criança é simplesmente uma forma de aprendizagem.
4.       Estabelecer rotinas e rituais é muito importante, principalmente quando são associados a sentimentos agradáveis, como o canto de ninar na hora de dormir, pois a criança sabe o que esperar do ambiente em que está e aprende a entender o mundo ao seu redor.
5.       Permitir e estimular a exploração e as brincadeiras, uma vez que o brincar é um real aprendizado de dar e receber, de negociar, de exploração do próprio corpo e do mundo que a rodeia, de desenvolvimento de habilidades lógico-verbais. Brincar é essencial para a invenção, a criatividade e a aprendizagem.
6.       Estabelecer limites, através de uma supervisão cuidadosa e carinhosa, ensinado-lhe a ter autocontrole, mesmo que este seja um longo processo de aprendizagem.
7.       Reconhecer que o bebê é único, pois crianças têm diferentes temperamentos e caminhos de amadurecimento. Quando conseguem vencer desafios sentem-se seguras, principalmente com o apoio, reconhecimento e aprovação do adulto, o que as leva a terem uma autoestima positiva.
Assim, o desafio está em oferecer a cada criança a ajuda necessária para a sua aprendizagem, ajustanto intervenções à individualidade de cada uma.

VALÉRIA KOURY – COORD. PEDAG.
2014