segunda-feira, 10 de março de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS TEMPOS

A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS TEMPOS

Os primeiros anos de vida são muito importantes para o desenvolvimento de toda a personalidade da criança e para a aquisição de habilidades motoras, perceptivas, cognitivas, linguísticas e sociais.
O recém-nascido já nasce cercado de cores, cheiros, sons, imagens, texturas e formas. Esta quantidade exagerada de estímulos do mundo moderno tornam as crianças mais falantes, ativas, espertas, atentas e inteligentes.
Experiências positivas no campo emocional, físico e intelectual são tão importantes para a construção cerebral da criança quanto a alimentação e a higiene são para o corpo.
As experiências iniciais da vida dos bebês com o mundo externo, percebidas pela audição, visão, paladar, tato e olfato, determinam a estruturação do cérebro, capacitando-a a criar e modificar suas conexões e a moldar a forma como aprenderão, pensarão e se comportarão para o resto de suas vidas.
As crianças deslocam-se, manipulam, experimentam, brincam sozinhas e com os outros, comunicam-se e constróem o próprio conhecimento.
Neste sentido, nós, adultos, pais, responsáveis, educadores, precisamos oferecer melhor qualidade de experiências possíveis para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados às nossas crianças.
1.       Não basta amarmos as crianças. O amor precisa ser traduzido em gestos; o toque, a palavra, o sorriso, o canto estimulam a criança a se conectar e a delinear o seu aprendizado e comportamentos posteriores.
2.       As crianças pequenas não conseguem usar a palavra para expressar suas necessidades e sentimentos; usam sons, expressões faciais e olhares para mostrarem o que desejam. O adulto precisa tentar “ler” essas demonstrações para satisfazê-las. Sorrir para a criança, confortá-la, saciar sua fomer e sede fará com que ela sinta-se segura e aumente sua sensibilidade e solidariedade com o mundo que a cerca.
3.       Conversar, cantar e ler para as crianças pequenas fará com que, mesmo sem entender o significado das palavras, adquira a capacidade da linguagem. Assim, repetir a mesma história várias vezes pode ser chato para o adulto, mas para a criança é simplesmente uma forma de aprendizagem.
4.       Estabelecer rotinas e rituais é muito importante, principalmente quando são associados a sentimentos agradáveis, como o canto de ninar na hora de dormir, pois a criança sabe o que esperar do ambiente em que está e aprende a entender o mundo ao seu redor.
5.       Permitir e estimular a exploração e as brincadeiras, uma vez que o brincar é um real aprendizado de dar e receber, de negociar, de exploração do próprio corpo e do mundo que a rodeia, de desenvolvimento de habilidades lógico-verbais. Brincar é essencial para a invenção, a criatividade e a aprendizagem.
6.       Estabelecer limites, através de uma supervisão cuidadosa e carinhosa, ensinado-lhe a ter autocontrole, mesmo que este seja um longo processo de aprendizagem.
7.       Reconhecer que o bebê é único, pois crianças têm diferentes temperamentos e caminhos de amadurecimento. Quando conseguem vencer desafios sentem-se seguras, principalmente com o apoio, reconhecimento e aprovação do adulto, o que as leva a terem uma autoestima positiva.
Assim, o desafio está em oferecer a cada criança a ajuda necessária para a sua aprendizagem, ajustanto intervenções à individualidade de cada uma.

VALÉRIA KOURY – COORD. PEDAG.
2014


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