A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS TEMPOS
Os primeiros anos de vida são muito importantes
para o desenvolvimento de toda a personalidade da criança e para a aquisição de
habilidades motoras, perceptivas, cognitivas, linguísticas e sociais.
O recém-nascido já nasce cercado de cores, cheiros,
sons, imagens, texturas e formas. Esta quantidade exagerada de estímulos do
mundo moderno tornam as crianças mais falantes, ativas, espertas, atentas e
inteligentes.
Experiências positivas no campo emocional, físico e
intelectual são tão importantes para a construção cerebral da criança quanto a
alimentação e a higiene são para o corpo.
As experiências iniciais da vida dos bebês com o
mundo externo, percebidas pela audição, visão, paladar, tato e olfato, determinam
a estruturação do cérebro, capacitando-a a criar e modificar suas conexões e a
moldar a forma como aprenderão, pensarão e se comportarão para o resto de suas
vidas.
As crianças deslocam-se, manipulam, experimentam,
brincam sozinhas e com os outros, comunicam-se e constróem o próprio
conhecimento.
Neste sentido, nós, adultos, pais, responsáveis,
educadores, precisamos oferecer melhor qualidade de experiências possíveis para
garantir o crescimento e desenvolvimento adequados às nossas crianças.
1. Não
basta amarmos as crianças. O amor precisa ser traduzido em gestos; o toque, a
palavra, o sorriso, o canto estimulam a criança a se conectar e a delinear o
seu aprendizado e comportamentos posteriores.
2. As
crianças pequenas não conseguem usar a palavra para expressar suas necessidades
e sentimentos; usam sons, expressões faciais e olhares para mostrarem o que
desejam. O adulto precisa tentar “ler” essas demonstrações para satisfazê-las.
Sorrir para a criança, confortá-la, saciar sua fomer e sede fará com que ela
sinta-se segura e aumente sua sensibilidade e solidariedade com o mundo que a
cerca.
3. Conversar,
cantar e ler para as crianças pequenas fará com que, mesmo sem entender o
significado das palavras, adquira a capacidade da linguagem. Assim, repetir a
mesma história várias vezes pode ser chato para o adulto, mas para a criança é
simplesmente uma forma de aprendizagem.
4. Estabelecer
rotinas e rituais é muito importante, principalmente quando são associados a
sentimentos agradáveis, como o canto de ninar na hora de dormir, pois a criança
sabe o que esperar do ambiente em que está e aprende a entender o mundo ao seu
redor.
5. Permitir
e estimular a exploração e as brincadeiras, uma vez que o brincar é um real
aprendizado de dar e receber, de negociar, de exploração do próprio corpo e do
mundo que a rodeia, de desenvolvimento de habilidades lógico-verbais. Brincar é
essencial para a invenção, a criatividade e a aprendizagem.
6. Estabelecer
limites, através de uma supervisão cuidadosa e carinhosa, ensinado-lhe a ter
autocontrole, mesmo que este seja um longo processo de aprendizagem.
7. Reconhecer
que o bebê é único, pois crianças têm diferentes temperamentos e caminhos de
amadurecimento. Quando conseguem vencer desafios sentem-se seguras,
principalmente com o apoio, reconhecimento e aprovação do adulto, o que as leva
a terem uma autoestima positiva.
Assim, o desafio está em oferecer a cada criança a ajuda necessária
para a sua aprendizagem, ajustanto intervenções à individualidade de cada uma.
VALÉRIA KOURY – COORD. PEDAG.
2014
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