segunda-feira, 28 de outubro de 2013

GARATUJAS - FASES DO DESENHO INFANTIL.

AS FASES DESENVOLVIMENTO DO DESENHO

-Fase garatuja desordenada
-Fase garatuja ordenada
-Fase garatuja nomeada
-Fase Pré-esquemática

GARATUJA DESORDENADA(2 ANOS):
Não tem consciência de que o risco é conseqüência de seu movimento com o lápis(RELAÇÃO TRAÇO-GESTO) Não olha para o que faz.Segura o lápis de várias maneiras, com as duas mãos alternadamente. Todo o corpo acompanha o movimento.Faz figuras abertas (linhas verticais ou horizontais), num movimento de vaivém.

GARATUJA ORDENADA(A PARTIR DE 2 ANOS):
Descobre a relação gesto-traço e se entusiasma muito. Passa a olhar o que faz, começa a controlar o tamanho, a forma e a localização no papel. Varia as cores intencionalmente. Começa a fechar suas figuras de formas circulares ou espiraladas.

GARATUJA NOMEADA(A PARTIR DOS 3 ANOS):
Representa intencionalmente um objeto concreto , através de uma imagem gráfica. Passa mais tempo desenhando. Distribui melhor os traços pelo papel descrevendo verbalmente o que fez e começa a anunciar o que vai fazer.Alguns movimentos circulares associados a verticais começam a dar forma a uma figura humana (esquema céfalo-caudal: a cabeça vai ser desenhada maior que o corpo.

PRÉ-ESQUEMÁTICA (4 AOS 6 ANOS):
Nessa fase aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto aos espaços, os desenhos são dispersos inicialmente, não relacionados entre si.A representação da figura humana evolui em complexidade e organização: aparecem lentamente os braços, as mãos, os pés, muitas vezes com vários dedos, radiados, e às vezes aparece o corpo.A criança desta fase ainda não é capaz de organizar graficamente um todo coerente. Os objetos são desenhados de forma solta e a relação entre eles é subjetiva. Em relação a cor, a escolha é subjetiva e ligada as emoções do vivido.A elaboração da figura humana está intimamente ligada à significação simbólica que as diversas partes do corpo têm para sua história pessoal, para a forma como a criança se percebe frente ao mundo. Assim, omissões, sombreamentos ou distorções podem representar conflitos internos.

Enfim, é muito importante a criança ter oportunidade de se expressar seja através de desenho ou brincadeira. Dessa forma, estará vivenciando questões internas (muitas vezes conflitantes), ou seja, através do desenho e/ou brincadeira a criança "põe para fora" aquilo que ainda não dá conta de resolver.é importante estarmos atentos as várias maneiras de expressões não-verbais (tão importantes quanto as convencionais), pois elas podem nos dar indícios do que a criança vive, experimenta ou sente. Portanto, fiquemos atentos!



A garatuja, nome dado aos rabiscos infantis aos quais ele se referia, pode não fazer muito sentido, mas é uma maneira de o seu filho se comunicar. 

Os primeiros desenhos, por volta dos 2 anos, são traçados longitudinais, desprovidos de controle motor e sem sentido. Com 2-3, surgem os movimentos circulares. A partir dos 3-4 anos, eles se fecham em formas independentes. Ganham significado, ou seja, a criança lhes atribui nomes e conta histórias sobre o que retratou. Aos olhos dos pais, os rabiscos ficam mais reconhecíveis. Nessa fase, aparecem os primeiros indícios de figuras humanas. A evolução da garatuja é paralela ao desenvolvimento cognitivo da criança.

É por isso que a familiaridade com lápis é tão importante para a escrita. Há atividades que o ser humano desenvolve naturalmente, como, por exemplo, caminhar. Habilidades, como escrever, precisam de treino.


Estimular é importante 
A princípio, a criança ignora os limites do papel. Cabe aos pais mostrá-los, pois ela ainda não sabe que existe um lugar certo para desenhar. Os pais devem mostrar interesse por essa "vontade" de desenhar. "É preciso valorizar a produção, mas lembrando que nessa fase ainda não existe preocupação estética.Algumas recomendações importantes lápis mais grossos. E não se esqueça de supervisionar para que ele não se machuque ou, ainda, rabisque as paredes. 


Evolução do traçado: 
- 1ano e meio-2 anos:Rabiscos sem forma ou intenção. Pouco controle dos movimentos, que se originam nos braços ou nos ombros.

- 2-3 anos 
Surgem os primeiros movimentos circulares, intercalados com retas. Maior controle sobre os músculos da mão.

- 4-5 anos: 
Traços ganham formas. Desenhos recebem nomes. Aumenta a coordenação motora sobre o pulso e os dedos

FRANCO, Johanna Cordeiro Melo. 2009
adapt. KOURY, Valéria Fortunato. 2013.

domingo, 18 de agosto de 2013

DICAS PARA LEITURA

As dicas de hoje são: "LICENCIATURAS EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: REGISTROS E REFLEXÕES A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS PILOTO (UFMG, UnB, UFBA e UFS) de Monica Castagna Molina e Laís Mourão Sá (orgs.), ed. Autêntica.
                               "O QUE REVELA O ESPAÇO ESCOLAR? UM LIVRO PARA DIRETORES DE ESCOLA". Comunidade Educativa Cedac e Ed. Moderna.

Ler faz parte do espírito educativo. Educador, leia muito para você e para seus alunos.

VALÉRIA KOURY
2013

FRASE DO DIA

"A EDUCAÇÃO BÁSICA SOMENTE SERÁ GARANTIDA (...) COM A QUALIDADE A QUE SEUS SUJEITOS TÊM DIREITO, DESDE QUE UMA OUTRA LÓGICA DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E TRABALHO PEDAGÓGICO" SEJA EFETIVADA. (MOLINA, 2007)

Esta frase é de um trecho do texto do livro Licenciaturas em Educação do Campo: registros e reflexões a partir de experiências piloto (UFMG, UnB, UFBA eUFS), de Monica Castagna Molina e Laís Mourão Sá, orgs. Ed. Autêntica. s.d. Apesar de falar sobre experiências no campo, a frase serve para a Educação em geral.

Valéria Koury
2013

LIÇÃO DE CASA - O QUÊ E PARA QUÊ?

             Lendo a revista Nova Escola, da ed. Abril - junho/julho, 2013, fiquei pensando se todos os educadores sabem a razão da existência das lições de casa em praticamente todas as escolas do país.
               E os pais será que têm a mesma compreensão? Quanto aos alunos pode-se de antemão saber o que eles pensam: que a lição de casa é muito chata, que os professores os sobrecarregam com exercícios que eles estão "carecas de saber fazer", e que elas servem para ocupar o tempo em casa, evitando bagunça, stress dos pais mas, que as crianças não podem brincar e os adolescentes não podem usar os videos games, pois têm muita coisa da escola para fazer.
           Será que se a escola fornecesse mais esclarecimentos a visão geral seria diferente. Posso apostar que sim. Eu, na verdade, não sou muito favorável aos deveres de casa, uma vez que as crianças e adolescentes estão ficando cada vez mais na escola e em atividades extra-curriculares (como idiomas, músicas, academias, etc.) e menos em casa com suas famílias, até porque a maioria dos pais trabalham fora e deixam meio de lado as atividades escolares dos filhos, responsabilizando aos próprios a sua realização ou à pessoas que não têm esta capacidade tão aflorada.
            Quando as famílias e os educando conhecem bem as razões para o professor propôr uma atividade para ser executada em casa fica muito mais fácil argumentar quando o aluno não a realiza, uma vez que ela deve ter sido planejada, faz parte do conteúdo que está sendo tratado em classe, irá somar conhecimentos e poderá ser feita com prazer. Do contrário, ela servirá apenas para o que foi dito no parágrafo anterior, ou seja, preencher o tempo do indivíduo.
              Assim, caro educador, proponha deveres desafiadores, mas possíveis de serem realizados e equilibre quantidade e qualidade. Muitas vezes é melhor propôr um único exercício que atenda às necessidades da classe do que dez que não levarão a lugar algum.
              E não se esqueça de explicar aos pais que o melhor é deixar os filhos realizarem as tarefas sozinhos, apenas, em caso de dúvidas, registrem na agenda qual é para que o professor resolva o problema na classe, pois a dúvida de um aluno poderá ser a mesma de outros.
                 Ainda cabe salientar aos professores de Educação Infantil que criança pequena precisa aprender brincando e brincar aprendendo. Portanto, NÃO PROPONHAM LIÇÃO DE CASA PARA ELAS, a não ser que sejam pesquisas conjuntamente com os pais, leituras de livros infantis, um desenho divertido para fazer sobre algo do interesse da criança. Tenho certeza que vocês, professores, são criativos e saberão como estimular este hábito sem massacrar seus alunos pequenos.

Abraços
Valéria Koury.
2013
          

segunda-feira, 8 de julho de 2013

FRASE DO DIA

"Saber até onde se pode ou não ir em nossos limites é aprender a cada dia, buscando novos conhecimentos e descobertas incríveis."

V.K. - 2013

DICAS PARA LEITURA

Ler é sempre fundamental, principalmente para quem trabalha com Educação, sejam pais, responsáveis ou professores e gestores. Por isso vou começar a dar dicas de leitura em meu blog, para ajudar na busca de textos de qualidade. Aproveitem bem!

"O COORDENADOR PEDAGÓGICO: PROVOCAÇÕES E POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO". 
Vera Maria Nigro de Souza Placco e Laurinda Ramalho de Almeida (orgs.), Ed Loyola.

REVISTA NOVA ESCOLA, GESTÃO ESCOLAR - todas e/ou quaisquer edições que for possível, esta é uma revista obrigatória no acervo de um educador.

'IMPACTOS DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA - UM DIÁLOGO COM PROFESSORES". Simone Gonçalves de Assis, patrícia Constantino e Joviana Quintes Avanci (orgs.). Ed. Fiocruz.

site: www.acaoeducativa.org.br

Bem, por hoje é só. 
Abraços

Valéria Koury
2013. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ÁGUA - UM DIA VOCÊ PODERÁ PRECISAR E NÃO A TERÁ

Água, um recurso que atravessa fronteiras e não tem limites territoriais. Ela é de todos e poderá ser de ninguém em um futuro muito próximo.
O desperdício e a poluição dos rios, lagos, mananciais, cada vez maior, desenfreado, já está deixando suas marcas no mundo nem tão civilizado, pois muitos países já estão em disputa pela água (por sua falta).
2013 é o Ano Internacional da Cooperação pela Água, declarado pela ONU, na tentativa de incentivar o mundo  preservar este líquido precioso.
Segundo a Revista Nova Escola (abril/maio/2013, n.25), 'apenas 0,5% da água doce (a utilizável) está disponível na superfície, na forma líquida, em rios e lagos que não são distribuídos igualmente no planeta".
Preservar as florestas, matas, pântanos, mangues é preservar a água.
No Brasil, 8,4 bi de litros de esgoto são produzidos diariamente, sendo que nem a metade é tratado, o que causa doenças e a cada segundo 100 mil litros de água movem as indústrias.
O que você pensa disto? Será que daqui há uns 15 anos (antes falava-se em 50 anos) teremos água potável para beber?
Então: pare de lavar calçadas, deixe que a chuva faça isto; use a água da lavagem de roupa para lavar o quintal e a sujeira de seu animal; dê menos descarga - use mais de uma vez o vaso sanitário e mande sua urina embora em uma única vez; tome banhos mais curtos, feche a torneira ao se ensaboar e lavar suas madeixas; ensaboe a louça toda e depois enxague tudo de uma vez.
Estas são pequenas atitudes que ajudarão não só o futuro do planeta, mas o seu também. Afinal, você já sentiu sede e não teve água por perto para poder matá-la?
Se você não concorda comigo, tudo bem! Mas, tente mudar seus horizontes e reveja seus conceitos. Provavelmente, você se sentirá bem melhor!
Um abraço bem molhado!

Valéria Koury
2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

MotivAção

Quantas e quantas vezes ouvi reclamações sobre a ausência dos pais em reuniões destinadas a dar a eles conhecimento sobre a vida escolar de seus filhos ou o desinteresse dos mesmos em participar de atividades na escola, como festas, palestras, oficinas, etc. Eu mesma agi, por vezes, desta forma, reclamando mas, também, deixando de ir na escola de meus filhos em função de meu trabalho como professora, uma vez que não poderia deixar meus alunos sem aula.
Com o passar do tempo e o amadurecimento natural como mãe e como profissional, consegui conciliar as duas coisas: ser mãe e ser educadora. 
Como mãe mudava meus horários para participar na escola das crianças, ia lá com horários agendados com coordenadoras e professores para me inteirar da vida deles no dia-a-dia, acompanhava suas lições em casa, vistava os cadernos todos os dias, sem deixar escapar o que de mais importante tinham aprendido.
Um dia meu filho, ainda com uns 8 anos, me perguntou como eu conseguia trabalhar em São Paulo (moramos em Jundiaí), dando aulas, chegar em casa e dela cuidar bem, alimentando a família, fazendo compras em supermercado, limpando, lavando, passando e, ainda, ler todos os dias seus cadernos e da irmã e mais as apostilas, mostrar os erros e apresentar as correções necessárias, vistar tudo, antes mesmo de ir dormir. Eu lhe respondi que ele e a irmã são muito importantes para mim e meu marido e que é preciso priorizar o tempo e as necessidades de cada um e de todos.
Em relação ao trabalho, o que posso dizer é que quando motivados, alunos, professores, funcionários correspondem às expectativas e às propostas feitas pelo projeto da escola.
Quando coordenei uma EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) em São Paulo, tínhamos os mesmos problemas sobre a pouca participação das famílias na escola. Os pais iam lá quando eram convocados ou chamados para reuniões, mas fora isso, era difícil reuní-los.
Então, tive a ideia de montar uma peça de teatro infantil com os pais e professores que se interessassem a participar, mesmo tendo que deixar, por vezes, seus afazeres pessoais.
Pedi às professoras que uma reunião de pais propusesse a ação e quem quisesse e/ou pudesse participar desse seu nome no final da reunião.
Houve uma vontade muito grande, inicialmente, e muitos nomes foram coletados. Porém, ao convocá-los, o número caiu bastante. Mesmo assim não desistimos e tive um bom apoio da equipe da escola.
As pessoas que toparam seguir em frente, mães e professoras, juntamente comigo, que coordenava a escola e a montagem da peça, construíram o texto, o cenário, a sonoplastia, enfim tudo o que foi aprendido durante nossos encontros e estudos em um livro chamado A Arte do Teatro, da biblioteca da própria escola.
A peça foi apresentada para as crianças de todos os turnos, gratuitamente, com muito entusiasmo e afinco das participantes que, apesar das dificuldades encontradas durante este percurso, como as leituras, os ensaios das falas, as posições e marcações dos personagens, atuaram muito bem.
Além disso, os filhos dessas mães que participaram deste projeto ficaram numa felicidade incomparável, pois viram e sentiram o interesse delas pela vida escolar de cada um.
Ser professora, coordenar uma escola e ver mudanças de atitudes em função de ações propostas para melhorar o relacionamento entre escola e famílias.....isso NÃO TEM PREÇO!

Valéria Koury

2013



                                                           

segunda-feira, 29 de abril de 2013

IDEAIS E IDEIAS CONTROVERSAS

      Acredito que em todas as áreas profissionais é preciso manter os princípios que regem as questões propostas desde o início do negócio, mesmo que durante o percurso seja necessário realizar mudanças nas estratégias para que o desenvolvimento da empresa aconteça cada vez mais pleno de sucesso, produzindo bons relacionamentos, lucros e resultado.
      Isto deve acontecer também quando a empresa está voltada para a área educacional, principalmente na construção de escolas, quer públicas ou privadas.
     Quando se pensa em abrir uma escola no campo particular, quando se constrói o plano de negócios, nele devem constar os princípios, metas, objetivos, ideias e ideais para se concretizar tal intento, não só em termos econômicos, financeiros, mas também, nos campos próprios das Educação, seus currículos educacionais, propostas para o desenvolvimentos dos alunos, dos professores, direcionamento da gestão educacional, orientação para as idades, ciclos ou anos de ensino, de acordo com a proposta da escola, determinação das áreas físicas, materiais, recursos humanos, financeiros, cooperativas, colaboradores, instituições internas e externas que ajudarão no desempenho e papel da escola como um todo, formas de avaliação de cada setor, formulação dos planos e planejamentos escolares, entre outros.
      A escola, creche, berçário, tanto para os cursos desde Educação Infantil até o final do ensino Médio, precisa transmitir confiabilidade à comunidade a que vai se destinar, a qual irá atender. 
Quando as famílias não encontram no seio escolar firmeza nos seus propósitos têm dificuldade em aceitar suas regras, seus objetivos, seu regulamento interno, burlando-os ou deixando-os de lado, e até mesmo tirando seus filhos da unidade.
      Mostrar aos pais, principalmente dos pequenos, uma diretiva de currículo, de modo de trabalho, de valoração das mensalidades e matrículas, de condução das equipes que fazem parte do processo educacional, seja qual for o paradigma que acredita (gestão, administração ou outro), utilização de recursos materiais, físicos e humanos e, em seguida, conduzir suas atitudes e ações de forma contrária cria uma grande instabilidade e insegurança, ainda mais se a escola destina-se à Educação Infantil, pois os pais desejam ardentemente deixar seus filhos em mãos confiáveis.
      O uso de câmeras de monitoramento são de grande valia para o acompanhamento do que acontece no dia-a-dia das crianças, mas muitas vezes não é o suficiente para garantir que tudo corra dentro do esperado e do contratado. 
      É de suma importância que pais, familiares e responsáveis acompanhem diretamente, questionando, investigando, buscando informações de como andam as coisas por dentro da escola.
      Se a direção escolar, ou gestão, garante desde o início que o material utilizado será um determinado e que o projeto pedagógico será e está pautado em uma base filosófica, procure saber se o dito e contratado está realmente sendo realizado. Mudanças podem trazer problemas educacionais sérios nas crianças, que se não forem preparadas adequadamente para que elas ocorram, podem desmoronar todo o processo educativo.
   Mudar para visar lucro é algo ainda mais recriminável. A criança não pode ser objeto de comercialização, nem tão pouco a educação. O que se valora é o serviço prestado por alguns para outros, que devem realizar de forma isenta de conceitos e preconceitos toda e quaisquer manifestações humanas, através da formação, informação, cultura e conhecimentos.

VALÉRIA KOURY
2013

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Amizade, presente de Deus

Workshop na Oficina de Artes Store - dia 20/4/13

O LAÇO E O ABRAÇO

A amizade é um amor que nunca morre. (Mário Quintana)
  
  cid:3D2D00A8F7CC4961A5DB7EC02822348D@pcwilma   O LAÇO E O ABRAÇO -     Mário Quintana 
   Meu Deus! Como é engraçado! 
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma  fita dando voltas.   
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. 
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?   Vai escorregando...devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.  
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. 
Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento.  Como um pedaço de fita.      Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. 
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. 
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. 
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.    
Então o amor e a amizade são isso...   Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.    Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aprender é preciso, mas.....


Aprender é preciso, mas......

    Em relação à abertura da editora, Maggi Krause, (Alfabetizar é preciso, Nova Escola, fev./mar. 2013, p.4), concordo com ela quando diz que existem defasagens de aprendizagem, em várias salas de aula e que o hábito de ler pode ser estimulado desde a Educação Infantil. Aliás, DEVE ser estimulado muito antes disso, mas vamos aceitar o tempo formal para tal estimulação, que começa na escola. Por outro lado, preciso acrescentar que não se alfabetiza por decreto, determinando que "as escolas alfabetizem todas as crianças até os 8 anos". É função social e primordial da escola, desde que ela existe, a alfabetização, tanto da escrita, leitura quanto da matemática e, há muito tempo que se vem estudando e afirmando que o letramento começa muito antes da escola e que esta deve formalizá-lo de maneira que o educando consiga transferir aprendizados sociais para o escolar e vice-versa. O que aconteceu  a meu ver, é que a escola foi perdendo seu papel principal, tornando-se assistencialista, transferindo a responsabilidade de formar as crianças e os jovens para outros, como ao professor anterior que não ensinou direito, á desestruturação familiar (sem perceber que na verdade o que aconteceu foi uma reestruturação familiar e social de valores), aos próprios alunos que, devido ao atual sistema de continuidade série/ciclos, não se compromete mais com os estudos, salvo raras exceções.
    Uma vez, em uma conferência com Emília Ferreiro, a ouvi dizer que estamos todos nos alfabetizando até o dia de nossa morte, com o que concordo plenamente. Nossa língua muda do mesmo modo como mudam as tecnologias, de um dia a outro. Compreendo também a que se refere o artigo da editora e ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, pois é preciso que se garanta o mínimo possível para a maioria das crianças na idade até 8 anos, para que poucos ou quase nenhuma fique sem a oportunidade de se alfabetizar. 
    Ainda, é preciso que os educadores se renovem, se disponham a reaprender, modificando sua prática e sua didática, reconhecendo que não são donos da verdade absoluta e senhores totais do conhecimento. 
    Posso dizer que me aposentei com 31 anos de docência (em 2011) na P.M.S.P., sempre em classe de Educação Infantil, que muitos de meus alunos-crianças terminavam o ano letivo lendo e escrevendo pelo menos na hipótese silábico-alfabética, mas que o caminho que percorreriam depois de mim ainda seria longo e árduo, uma vez que o status quo da Educação é fato, ainda hoje, em muitas escolas.


crianças, leitura, livro




                                                                                

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Xixi na cama - difícil para os pais, constrangedor para a criança

Conversando com uma pessoa muito próxima, soube que sua filha de 4 anos tem sido alvo de constrangimento por parte de uma amiguinha de escola, que anda espalhando que a pequena Dorote faz xixi na cama. Com vergonha, a criança chora, dorme mal, se acanha na frente de outros. 
Enurese noturna é comum em crianças pequenas entre 40 a 50%, até os 3 anos e 18% após os 5 anos, diminuindo o percentual à medida que o indivíduo cresce.
A enurese noturna pode ser causada por motivos físicos e genéticos ou emocionais. Motivos físicos podem ser decorrentes de origem hormonal, ritmo de sono, bexiga pequena ou imatura, infecções ou lesões no trato urinário, problemas de coluna que interferem no controle da bexiga, alergia alimentar e doenças como anemia ou diabetes. Os casos de origem emocional podem ser provocados por estresse, mudanças de rotina, pressões, nascimento de um irmão ou separação ou ausência de um dos pais.
Mas, CALMA! Tudo pode ser solucionado.
Procure um médico-pediatra, conte o que está acontecendo. Ele poderá medicar a criança, caso o problema seja físico, após alguns exames.
Em casa, em um ambiente bem alegre peça à criança que segure um pouquinho o xixi, antes de ir ao vaso sanitário, por alguns dias e depois peça à ela que interrompa o jato de urina cada vez que for urinar, assim, ela aprenderá a controlar melhor a bexiga. 
Faça com ela um cartaz onde ela colará carinhas felizes quando acordar sem ter feito xixi na cama.
Outro cartaz pode ser feito no banheiro, onde ela colará florzinha cada vez maiores, à medida que os dias passam sem urinar na cama, sendo que o xixi do banheiro simbolizará a água que regamos as plantas.
IMPORTANTE: não ridicularize, nem repreenda a criança ou deixe que alguém a constranja publicamente sobre isso. 
LEMBRE-SE: a criança não faz xixi na cama de propósito nem porque quer contrariar os adultos.
Paciência, bom senso e orientação profissional são as chaves para que ela passe por isso da forma mais natural possível.

Pai mandou filho ir pro banheiro




Boa sorte! Abraços. Valéria Koury
jan/2013