terça-feira, 6 de outubro de 2015

O HOMEM E A ARTE

   A arte, de forma geral, revela os valores estéticos, éticos, morais e a significação das potencialidades humanas.
      Revela, também, sentimentos, identidades e características individuais e próprias, o coletivo cultural da humanidades, através de diversos elementos para vários fins.
      Assim, à partir desta visão geral e ampla, pode-se apresentar um discussão sócio-cultural das suas diferentes manifestações, como a dança, o desenho, a pintura, a escultura, o cinema e a televisão, a literatura, a música, a xilogravura e tantas outras formas artísticas que foram criadas pelo homem.
    Falar sobre arte não pode se limitar a apenas uma de suas manifestações ou à uma única concepção, uma vez que cada ser, individualmente, cria sua própria visão imaginativa dentro de seu significado, interagindo nos conceitos sociais e culturais em que vive.
      Discutir a arte é alicerçar-se em suas próprias convicções, ampliando-as através e a partir do outro interativo, desde que se tenha uma visão aberta para horizontes mais longínquos, evitando-se assim arquétipos pré-estabelecidos, estanques e engessados na criação da obra humana.
    O objetivo de quem propõe a arte precisa estar sempre voltado a fazer com que o indivíduo compreenda o homem contemporâneo em sua totalidade, desfazendo mitos de um "ser repartido", fragmentado e desconectado do mundo em que vive.
   Desta maneira, retratar algumas destas infinitas vertentes da criação humana, refletindo, simbolizando e materializando seu dom imaginativo faz com que cada um assuma seu lugar na sociedade de forma consciente, atuante, participante e comprometida com a coletividade, deixando de pensar apenas em si para se voltar ao próximo, levando a ele o melhor da vida através do interesse íntimo do ser criador.
     Nesta perspectiva, e pensando na criança pequena, a dificuldade de comunicação e de manter relações afetivas e em relação a adolescentes, a dificuldade da superficialidade dos relacionamentos, o individualismo e o egocentrismo, a solidão e o isolamento, pode ser abordada nas diversas manifestações artísticas e culturais, levando a uma reflexão interior, a partir de si mesmos e de suas construções produtivas, não com olhos ao que será aceito socialmente, mas sim, aceito por cada ser criador.
      Em um mundo em que se valoriza tanto o EU e o consumo, tão multifacetado, crianças e jovens parecem necessitar de mais oportunidades para se desenvolverem livremente, sem a pressão obsedante de resultados e metas a serem alcançadas profissionalmente (notas, vestibulares, escolhas profissionais, etc), inclusive se permitindo sentirem-se introspectivos em certos momentos, para se autoconhecerem melhor e mais profundamente, vendo-se através de um olhar mais cuidadoso para seus verdadeiros desejos.
      Ah! como seria bom se deixássemos nosso lado direito do cérebro funcionar mais livremente que o esquerdo. O hemisfério cerebral direito é mais ágil no processamento das emoções e, portanto, consegue expressar mais facilmente os sentimentos positivos, que geram o senso estético e ético das artes, fazendo com que os sentimentos de medo, raiva, mágoa e outros sejam afastados no momento da criação. Melhor dizendo, quando usamos mais o lado esquerdo do cérebro trabalhamos mais racionalmente que emocionalmente, o que pode conduzir à uma criação menos expressiva e mais racional, pensada e equilibrada.
      Não que o lado direito do cérebro não expresse sentimentos negativos, muito pelo contrário, nele estes também estão presentes. Mas, a liberdade de expressão sem pressão se dá via hemisfério direito.
      Portanto, se você quer ser criativo procure formas de usar o lado direito de seu cérebro, desenhe, por exemplo olhando uma imagem de cabeça para baixo e seguindo as linhas que vê e não a imagem que pensa que vê. Você irá se surpreender com o resultado.
      Experimente o mundo por outros olhos! Sinta, toque, cheire, movimente-se, ouça através de seu corpo todo e de seu espírito, deixando-os livres para exercerem o que o homem faz de melhor: CRIAR.
                                                             
Resultado de imagem para imagens artísticas

          Por: Valéria Koury
          2015                                                  

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